Em primeiro lugar é bom ressaltar que, em geral, a sociedade quer tratar os sintomas, não as causas... O advento chamado televisão contribuiu para que, de modo geral, nos acostumássemos a lidar com as coisas muito superficialmente. Além disso as mídias parecem fazer um complô no que se refere à família num grande e audível uníssono: "Não deu certo, separe. Seja Livre". No entanto, o casamento não é um tipo de relacionamento que podemos chamar de descartável. É nesta união que se encontra o seio da sociedade. Se as famílias estiverem todas desestruturadas, como você acha que a sociedade estará? Ou, melhor dizendo, já está...
O casamento é um relacionamento muito profundo entre pessoas muito diferentes. Não podemos achar que somente boa vontade e amor irão resultar na união que sonhamos. Algo tão precioso não pode ser tratado levianamente. Precisamos, antes de qualquer coisa, corrigir uma mentalidade errada que foi disseminada em relação ao casamento. É possível ser casado e feliz? Sim, claro que sim. É fácil? Não... Mas, quantas vezes você trabalhou e se desgastou por muito menos? Por que abandonar esse barco tão facilmente? Então, comece a declarar desde já que seu casamento tem solução, que ele pode ser excelente. Logo abaixo cito alguns pontos mais comuns de divergências entre casais...
O começo do caos
Como duas pessoas tão apaixonadas e amadas podem, do dia para a noite, se tornarem inimigas? Talvez você se identifique com alguns dos casos abaixo:
Os papéis dos cônjuges alteraram nas últimas décadas, mas ainda não foram absorvidas pela sociedade de forma sadia. Por exemplo: como o esposo lida com a questão de a esposa ganhar mais? Ou, o homem encara bem auxiliar com a casa e os filhos já que ela começou a trabalhar fora? Talvez ele encare bem, mas a esposa se sinta superior por ter alcançado sua autonomia... Esses comportamentos geram conflitos porque o casal não consegue se ver como integrante do mesmo time, mas como competidores entre si. Que situação miserável. Quem se casa para competir? O amor não é um instrumento para ser usado como ardil. O verdadeiro amor enaltece, honra, valoriza!
Outro ponto incompreendido são as diferenças... Homens e mulheres são muito estranhos um para o outro. Os pontos fortes de um podem ser a fraqueza do outro. Não à toa estarem à venda vários títulos tratando desse assunto, como "Homens são Ostras, as Mulheres, Pés-de-Cabra". No entanto, isso pode ser resolvido, ou amenizado, com algo muito simples: a comunicação! Os dias são corridos, a agenda tão apertada que quando o casal percebe já estão tão distantes um do outro... Isso poderia ser resolvido com alguns minutos diários de conversa. No início pode ser difícil, mas com a prática se tornará algo indispensável tanto quanto vital!
Vou fazer uso de um pensamento do filme A Prova de Fogo: "Seu casamento tem os instrumentos necessários para fazê-lo funcionar, basta saber como usá-los". Em outras palavras, essas diferenças não precisam ser sinônimo de distância! A "magia" do casamento está em usar esses ingredientes de maneira harmoniosa.
E por último, gostaria de ressaltar que um casamento só pode ser completo a três. Existe alguém mais interessado que você em fazer seu relacionamento funcionar, mas enquanto Ele não fizer parte de sua vida, não poderá ajudá-lo nem a seu cônjuge. Aquele que nos criou nos conhece melhor do que nós mesmos e Ele pode transformar seu lar da água para o vinho! Esse alguém se chama Jesus. Convide Ele para participar de sua vida.
Concluindo, quero encorajá-lo a continuar buscando conhecimento sobre isso em literaturas idôneas. Não tenha vergonha de buscar auxílio com profissionais, com pessoas sábias e de confiança. E principalmente, que você comece a acreditar nesse poderoso relacionamento. O casamento não é uma instituição falida. A sua casa pode sim ser um lugar de realizações, de alegrias, de conquistas, de romantismo!
Literaturas recomendadas:
Filme: "A Prova de Fogo".
Livros: "As Cinco Linguagens do Amor", "O Desafio de Amar", "Como Mudar o que Mais Irrita no Casamento", "O Potencial Criativo do Conflito no Casamento".
Por: Maria Alice Tornesi Sosinski